#revisitando bons filmes
- Leo Resende
- 26 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
A genialidade inesgotável de Guillermo Del Toro

Monstros e robôs gigantes, cenas colossais de luta e efeitos especiais ostensivos. Com esses adjetivos, a interpretação mais óbvia é um filme de Michael Bay (franquia Transformers e A Ilha). Porém, Círculo de Fogo, disponível em DVDs e Blu-Rays tem o mérito de ser dirigido por Guillermo Del Toro.

Em futuro próximo, em meados de 2018 e 2020, o longa-metragem retrata as consequências da destruição global devido aos monstros que surgem do oceano. Ao saírem da "Fenda", o único propósito é a desolação da humanidade. Para combater tais calamidades, o mundo uniu forças e criou os Jagers (em sua origem gramatical, um guerreiro), robôs gigantescos que são pilotados por pessoas com sintonia neural.
Quem assume o estrelado do filme é Charlie Hannam (do inédito The Lost City Z), que perdeu um irmão durante uma luta no oceano Pacífico. Hannam interpreta Raleigh Becket, que após seu luto e aumento de ataques, volta ao Programa Jager.
Em sentido alegórico, Círculo de Fogo funciona como a resposta de Del Toro à cultura popular americana - e a tentativa de difundir o melhor do entretenimento oriental - pois a mesma permanece engessada em "receitas de bolo" para cinema comercial.

Del Toro nos bastidores de A Colina Escarlate (2015)
Em suma, existe um sentido de narrativa comercial, até porque o diretor deve cumprir seu contrato com o estúdio, mas Del Toro dirige um filme com tanto carinho, desvelo e paixão que o único sentimento que o espectador terá é a diversão genuína de um bom filme pipoca. E se espectador está nessa euforia de entretenimento, pode ter certeza que Del Toro está sentindo tudo isso em dobro.
Nota: #muitobom




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