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  • Foto do escritor: Cinema Hashtag
    Cinema Hashtag
  • 29 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Caso Irvine Welsh, autor da obra literária Trainspotting não alterasse os nomes, locais e personagens da história, seria possível dizer que o livro homônimo é autobiográfico. Welsh gastou parte de sua juventude dos subúrbios de Londres, em 1978. Data em que o punk era o cartão postal do território britânico. Toda a rebeldia, impaciência e revolta presenciada pelo autor estampa cada página da obra.


Pelo contexto, em 1997, o diretor britânico Danny Boyle, que cresceu no cenário descrito por Welsh, captou a essência da obra com ao lançar o filme. Por ser um livro histriônico, seria de difícil adaptação. Porém, Boyle conseguiu um feito espantoso: um roteiro que trabalhasse com a dualidade cinestésica das drogas. Paralelamente, ele banaliza e alerta.

Ewan McGregor em cena icônica de Trainsportting, de 1997. Cenário punk de Londres por Danny Boyle e Irvine Welsh


Exatos 20 anos de lançamento do longa-metragem, película que consagrou o diretor, ganha sua sequência, T2 – Trainspotting 2. Adaptado do livro Porno, também de Welsh, Boyle espanta outra vez. Além de conseguir o prestígio do autor, ele consegue equiparar a sua obra primogênita.


A veia nervosa de Boyle

Conseguir conduzir um filme com tantos personagens e juntamente manipular imagens que estendem a personalidade dos protagonistas é um desafio atroz. Por ser um diretor visual, Boyle enxerga o empecilho como provocação, trabalhando com imagens que transcendem alguns momentos metódicos de direção, ou seja, é algo natural, genuíno. O elenco original continua intacto, transparecendo que aqueles personagens estão mais vivos do que nunca, somente enfrentando as consequências vividas no passado.

Manipulação de imagens como reflexo dos personagens. Assinatura de Danny Boyle


A permanência dos visuais, que fizeram o filme anterior tão marcante, é o carro-chefe de T2 – Trainspotting 2. Entretanto, Welsh e Boyle levaram à tela outro ingrediente surpreendente. No primeiro longa-metragem, a droga era a juntura do grupo que degringolava para seus crimes e infrações sociais. Mas nesta sequência, a droga é a dor, o rancor, o sofrimento e a nostalgia e, assim como qualquer sintético, para tais personagens, é destrutível.





 
 
 

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