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#festivais

  • Leo Resende, da Cidade de Goiás
  • 21 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Não é incomum no imaginário das pessoas a funcionalidade da água. De onde ela vem, por onde passa e resulta. Caminho do Mar, do diretor Bebeto Abrantes, esse ciclo hídrico é retratado paralelamente com relatos em que a água faz parte de suas rotinas. Intercalar as imagens - algumas quase didáticas - com as histórias é o maior trunfo do longa-metragem exibido na cerimônia de abertura do 19º edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental desta terça-feira (20).


Ao criar essa estética com a água, Bebeto conseguiu personagens que tivessem uma relação com a água tão intensa quanto ele com os seus planos longos e poéticos. Em uma entrevista para a Hashtag Cinema, o cineasta conta que o senso de narrativa dependia de cada locação, instante em que a produção enfrentou problemas. "Passamos seis meses organizando cada visita, por serem muitos locais, dividimos o filme em três atos no momento da edição", enfatiza.

Diretor Bebeto Abrantes explicando sobre Caminho do Mar ao lado de Raquel Teixeira, secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás. Foto: Bruno Peres


Claramente, a água é a espinha dorsal de Caminho do Mar. O que Bebeto Abrantes faz é relacionar a vida de cada personagem com a água, mostrando locais em que este elemento é desprezado. Como acontece com os moradores de Volta Redonda, cidade onda a temática poluição transcende qualquer outro assunto.


Esse método de narrativa de Bebeto é muito eficaz em um documentário, uma característica de roteiro que evita a fadiga do espectador e desprende o gênero de moldes jornalísticos. Mesmo que exista essa montagem inventiva ao contar as histórias, o diretor poderia encontrar um ritmo mais harmônico com imagens tão contrastantes.


Um dos motivos de desaceleração do filme é a quantidade de depoimentos longos, pois algumas personalidades do filme ganham mais espaço do que outros. Esse declínio narrativo faz o filme perder sua força, não conseguindo apegar-se em nenhuma conclusão proveitosa, componente que anula toda criatividade de imagens impactantes. Caso Bebeto tivesse finalizado com dualidades de depoimentos ao lado da fotografia imaginativa, Caminho do Mar seria mais relevante.




 
 
 

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