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- Cinema Hashtag
- 16 de jul. de 2017
- 2 min de leitura

O cinema, muitas vezes, funciona como reflexo da sociedade ou uma porta para protestos e conscientizações. Neste último exemplo, o gênero documentário é o mais conciso e repleto de confiabilidade. Porém, é limitado na construções de personagens empáticos, por isso um drama fictício no sentido de narrativa é o mais sensato. Um filme que se encaixa perfeitamente no quesito é O Mínimo Para Viver, disponível no Netflix.
O longa-metragem dirigido por Marti Noxon conta a história de Ellen (Lily Collins), uma menina que sofre anorexia nervosa. Após atingir o limite fisiológico da doença, a protagonista ganha uma nova chance de recuperação ao ser internada em uma casa de apoio. No local, Ellen conhece indivíduos que carregam tantos problemas quanto ela.
Diferente de outro título polêmico da Netflix, o 13 Reasons Why, O Mínimo Para Viver evita a romantização do tema. Não existe qualquer tipo de banalização, aliás, o deterioramento - em todos os sentidos - é difícil de presenciar, agregando ao filme uma carga intensa de intimidade e empatia. Lily Collins, sem nenhuma aresta emotiva, se entrega de corpo (literalmente) e alma para o longa-metragem.

Ellen e o objeto conflitante do filme: a balança
Sendo desmontado aos poucos, o espectador testemunha os motivos da doença atingir a protagonista sem nenhum aviso. Quando Ellen enfrenta um novo problema, a menina reduz o consumo de calorias e intensifica os exercícios físicos. Como citado, isso é refletido em tela com tanta privança que muitas cenas são de apelo escatológico fenomenal (e assustador).
Fora das telas
Nas redes sociais, a atriz Lily Collins contou que durante a gravação do filme, uma moça elogiou o seu porte subnutrido para o papel de Ellen. A própria artista afirmou: "Estou magra assim para um papel" Mesmo assim, a pessoa insistiu e pediu conselhos para atingir tal estado corporal. Ao entrar em seu carro, Lily desabafou consigo: "Por isso o problema existe", conta.
O Mínimo Para Viver, que é dirigido por uma mulher, preenche o filme com muitos personagens femininos, permitindo que a interação entre as atrizes funcione genuinamente. Elemento que torna ainda mais crível os dramas expostos independente de censuras. O longa-metragem é tudo aquilo que 13 Reasons Why deveria ser: um drama cauteloso com ausência romântica.




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