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  • Foto do escritor: Cinema Hashtag
    Cinema Hashtag
  • 26 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura


A jornada de Christopher Nolan começou com The Following, em 1999, filme que contava a história de um homem cujo vocação era conhecer histórias alheias, seguindo pessoas na rua. Nolan ganhou notoriedade em 2000, com o longa-metragem Amnésia. Obra que rendeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Ao passar dos anos, o cineasta imprimiu em telas um estilo seu: montagem não-linear de narrativa. Essa natureza cinematográfica do diretor não poderia faltar em Dunkirk, título que estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas.


Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade francesa Dunkirk habitou 400 mil soldados ingleses em momentos de crise. Essa calamidade piora quando as forças alemãs encurralam o exército à beira mar do local. Ninguém conseguia entrar e muito menos sair. Como verbaliza o general: - Daqui consigo ver meu lar.


Seria inútil nomear quaisquer atores presentes em tela. Alguns, de fato, são conhecidos como Tom Hardy, Kenneth Branagh e Cillian Murph. Porém, Nolan demonstra seus personagens de maneira mais conotativa. Certos soldados são personificados, mas apenas para dar sentido a trama. Entretanto, essa alegoria de persona é apenas uma: o tempo. Este ao lado das consequências nenhum pouco maniqueístas dos indivíduos são os fios condutores de Dunkirk.


Quase mudo

A facilidade de transformar um filme épico em melodramático é imensa. Pearl Harbor, de Michael Bay, é o exemplo mais infeliz. Isso acontece porque a demonstração heróica é, na maioria da vezes, expressa da forma mais romântica possível, e para acontecer tal feito (ou defeito) é preciso bastante diálogos. E felizmente não é o caso de Dunkirk. Qualquer diálogo que surge é apenas para situar o espectador nas estratégias dos soldados.

No filme, expressões são mais válidas do que qualquer diálogo. Crise auto-explicativa


Aliás, não seriam necessárias falas até porque todos seres vistos em telas conseguem expressar sentimentos tão íntimos e derradeiros sem interação. Todos ali são movidos pela sobrevivência e preservação da mesma. Nada mais específico do que um reflexo de roteiro brilhante. Notam-se os desejos, as ações e consequências apenas por gestos dos atores. Um exemplo disso é quando se depara o estado emocional dos soldados. São homens em que as circunstâncias são tão severas que uma morte pre meditada não configura-se como covardia, mas privilégio.


Perceber essas nuances e delineações de roteiro com poucos diálogos é algo admirável, ainda mais quando trata-se de um tema visto muitas vezes no cinema. É uma felicitação ver que o talento de Christopher Nolan é inesgotável. Essa ilimitação criativa é incrível pois mesmo num acontecimento histórico o diretor consegue trazer algo autêntico e original. Aliás, todos esses fatores fazem de Dunkirk a obra necessária na filmografia de Nolan.





 
 
 

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