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  • Foto do escritor: Cinema Hashtag
    Cinema Hashtag
  • 30 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

Eu sempre tive uma queda por filmes de ação e luta em que as protagonistas sejam mulheres. Talvez ascenda em mim mesma, uma força interior que eu tenho, ou queira ter. Foi assim a primeira vez que assisti Nikita (1991), de Luc Besson, pela primeira vez, aos nove anos. Muitas outras vieram desde então, como “A Noiva” assassina de Quentin Tarantino, nos filmes Kill Bill, com a inspiradíssima Uma Thurman.


Mas Atômica, longa-metragem que estreia hoje em todos os cinemas, traz uma mulher diferente das que a antecederam. Lorraine, a agente secreta do MI6, serviço secreto britânico, vivida por Charlize Theron, não carrega os dramas de consciência de Josephine, em Nikita. Tampouco a sede de vingança insaciável da noiva, de Tarantino.


Baseado na história em quadrinhos The Coldest City, o cenário escolhido pelo diretor David Leitch é a Guerra Fria, momentos antes da queda do Muro de Berlim. Já na primeira sequência, Leitch nos mostra que Lorraine não será uma agente como as outras. Mesmo com o corpo completamente ferido, a protagonista se levanta de uma banheira de gelo, se veste elegantemente, coloca um salto e caminha ao som de Blue Monday, do New Order.

Entre tapas e chutes, Charlize Theron mostra (mais uma vez) sua garra como estrela de ação


A trama é apresentada em flashbacks, em um interrogatório em que a espiã narra a sua jornada, ao lado do colega – de lealdade duvidosa –, David Percival (James McAvoy). Os dois buscam por uma lista com nomes de todos os agentes infiltrados (como eles). O que em mãos erradas causaria grande estrago.


Por engano, alguém pode procurar semelhanças entre Atômica e John Wick (2014), em que David atuou como co-diretor. Na verdade, Leich melhora a fórmula. Troca as batidas artes marciais por porrada mesmo. Com direito a tacar na cabeça do adversário o que achar pela frente. E o resultado das brigas, olhos roxos, hematomas por todo o corpo e sangue, muito sangue, não faltam. Outro destaque é o roteiro adaptado de Kurt Johnstad, recheado de humor e ironia. Tudo o que a gente gosta de ver!

Sob o vestido e postura empoderada: hematomas e cicatrizes


Não bastasse tudo isso, a personagem de Charlize é dona dela. Empoderada e auto-suficiente. Sexy no nível mais hard possível - sobrando tempo para viver um romance com outra mulher, Delphine Lasalle (Sofia Boutella).


Mesmo em 1989, Lorraine Broughton é o retrato da mulher moderna. Plena! E para terminar de ganhar os nossos corações, Atômica ainda nos apresenta uma trilha sonora sensacional, repleta de canções dos anos 80, como Father Figure, de George Michael, que embala uma das melhores sequências do filme. Além de Sweet Dreams, do Steve Angelo; e Under Pressure, de Queen e David Bowie.




 
 
 

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