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- Cinema Hashtag
- 16 de nov. de 2017
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O tom emocional de adaptações em quadrinhos nos cinemas sempre oscilou muito com a variação de diretores e personagens. O Superman (1978), de Richard Donner, por exemplo, era puro heroísmo patriota e diversão nata. Tudo aquilo que a origem do homem de aço demandava. Poupando a mesma diversão, mas explorando outras concepções, Batman (1989), de Tim Burton, estreou anos mais tarde com uma atmosfera sombria e niilista. E por fim, Brian Synger conseguiu concentrar estas duas convicções com muita habilidade em X-Men (2000).
Entretanto, os estúdios Marvel conseguiu reverter este âmbito de modo uniforme para todas releituras, convertendo essas tonalidades sérias em diversão caricata e despretensiosa. Podendo abandonar quaisquer entonações complexas e quem sabe, limitando a nova era do cinema que é majoritariamente feita de películas de heróis. Por isso, eis que estreia hoje (16) nos cinemas da cidade, o aguardado Liga da Justiça. Provação no formato de filme de que, a era extrema de despretensão é exclusiva aos hérois.
Após os eventos de Batman V Superman - A Origem da Justiça, Bruce Wayne e Diana Price, Batman e Mulher-Maravilha, respectivamente, procuram ao redor do mundo os "meta-humanos", indivíduos com habilidades excepcionais para enfrentar uma invasão alienígena, liderada por O Lobo da Estepe.

Um dos pontos positivos: a química entre heróis
Liga da Justiça teve sua expectativa elevada pois até o lançamento de Esquadrão Suicida, a decepção era o único sentimento que um fã poderia obter do novo Universo Estendido da Dc Comics nos cinemas. Porém, com a estreia de Mulher-Maravilha, fez com que esse marasmo sentimental mudasse imediatamente e Liga da Justiça tornasse interessante de novo. Mas com algumas atitudes dos produtores como agregar Joss Whedon à direção e roteiro transpareceu certa insegurança com o trabalho de Zack Snyder.
Pois diferente de Esquadrão Suicida, a nova película da Dc Comics conseguiu autonomia criativa - mesmo que minimamente - o suficiente para mostrar aos adversários que as ideias deste nicho de heróis caminha bem.
Existem falhas? Sim. Algumas que incomodam um bocado, entre eles, a motivação Pink e Cérebro do Lobo da Estepe e os efeitos especiais absurdos para cobrir o bigode de Henry Cavill. Mas como citado, felizmente, Liga da Justiça não consegue ser pior que Esquadrão Suicida e pela situação da Dc Comics do ano passado, 2017 tem sido um grande triunfo.
Ou seja, se Mulher-Maravilha representa o Céu nas adaptações da Dc Comics e Esquadrão Suicida o Inferno, diga-se de passagem que Liga da Justiça consegue seu espaço mais próximo da adaptação da amazona do que no antro esquizofrênico dirigido por David Ayer.




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